O corpo do
ex-deputado Airon Rios foi sepultado ontem à tarde, no cemitério Morada da Paz, Paulista. Ele foi velado durante a manhã desta terça-feira (14), no Plenário da
Assembleia Legislativa. Rios morreu na última segunda, devido a uma infecção
pulmonar. Ele exerceu dois mandatos de deputado estadual e quatro como
federal, e foi secretário na gestão do ex-governador Roberto Magalhães.
Durante a reunião plenária dessa terça (14), realizada no auditório da Casa, os deputados fizeram um minuto de silêncio em razão da morte do ex-deputado. O deputado estadual Júlio Cavalcanti (PTB) prestou solidariedade à família de Airon Rios. Ele afirmou que o político foi um homem de visão, que trouxe mais dignidade para o povo do Sertão do Moxotó. O deputado lembrou que Rios teve uma atuação pioneira em Arcoverde, sendo um dos fundadores da antiga Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde, hoje AESA.
Durante a reunião plenária dessa terça (14), realizada no auditório da Casa, os deputados fizeram um minuto de silêncio em razão da morte do ex-deputado. O deputado estadual Júlio Cavalcanti (PTB) prestou solidariedade à família de Airon Rios. Ele afirmou que o político foi um homem de visão, que trouxe mais dignidade para o povo do Sertão do Moxotó. O deputado lembrou que Rios teve uma atuação pioneira em Arcoverde, sendo um dos fundadores da antiga Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde, hoje AESA.
Airon Rios ainda foi
responsável pela vinda das escolas Carlos Rios e Industrial, pela instalação do
IPSEP e também pela vinda do 3º BPM para Arcoverde.
Histórico
-
Integrante da ala mais conservadora da política pernambucana, Airon Rios
iniciou a carreira na Assembleia Legislativa, onde exerceu dois mandatos consecutivos
(1963-67 e 1967-71), primeiro pela antiga União Democrática Nacional (UDN) e
posteriormente pela Aliança Renovadora Nacional (Arena).
Nascido no Recife, ele foi criado em Arcoverde, no
Agreste, onde estabeleceu suas bases eleitorais mais sólidas. Embora
pertencesse ao bloco partidário que dava sustentação ao regime de exceção,
Airon Rios se notabilizou por ter sido um dos poucos deputado estaduais
governistas a contestar a cassação do então governador Miguel Arraes, em 1º de
abril de 1964.
Mesmo diante da forte pressão dos militares, ele votou
contra o projeto de resolução apresentado na Casa, que declarava vago o cargo
de governador, já preso em Fernando de Noronha, e empossava o vice, Paulo
Guerra, ligado ao regime. Junto com ele, o então udenista Sílvio Pessoa também
se opôs à cassação.
Em 1970, ainda na Arena, Airon Rios conquistou o primeiro
dos seus quatro mandatos consecutivos de deputado federal. Era a época dos Anos
de Chumbo, e o Congresso Nacional, fechado em dezembro de 1968 pelo Ato Institucional
nº 5, havia sido reaberto em outubro de 1969, pouco antes do pleito. Integrante
do bloco governista, ele travou vários embates na Casa com adversários do
regime, inclusive com parlamentares conterrâneos filiados ao antigo MDB,
partido da oposição, como Fernando Lyra e Fernando Coelho.
Com o fim do bipartidarismo, a Arena foi extinta e seus
integrantes filiaram-se ao Partido Democrático Social (PDS), de base
governista, pelo qual Airon Rios renovou sua permanência na Câmara Federal no
pleito de 1982. Logo depois, porém, faria uma pequena pausa nas atividades
legislativas para assumir por alguns meses a Secretaria Estadual de
Desburocratização, criada pelo então governador Roberto Magalhães (PDS). Após
concluir o quarto mandato, em 1986, não conseguiu a reeleição e aposentou-se da
política.
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