O governo da presidente
Dilma Rousseff (PT) recuperou parte da aprovação perdida após as manifestações
populares de junho. Pesquisa Ibope em parceria com o jornal O Estado de São
Paulo concluída na segunda-feira (19) mostra que a taxa de ótimo/bom do governo
cresceu de 31% para 38% desde 12 de julho. Ao mesmo tempo, as opiniões de que o
governo é ruim ou péssimo caíram de 31% para 24%.
A
avaliação de que o governo é “regular” permaneceu em 37%. Apenas 1% não soube
ou não quis responder. A recuperação ocorreu principalmente no Sul e no
Sudeste, onde as taxas de aprovação cresceram 12 e 11 pontos porcentuais,
respectivamente.
Para
a CEO do Ibope Inteligência, Marcia Cavallari, a recuperação de parte da
popularidade de Dilma está relacionada ao refluxo das manifestações de rua,
principalmente no Sudeste. “Os protestos diminuíram de tamanho e de alvo. A
presidente não está mais no foco das manifestações”, afirma Marcia.
Ajudou
também a melhoria de alguns indicadores econômicos, como a redução da inflação
e do desemprego, e o aumento da confiança do consumidor. Hoje, a Fundação
Getúlio Vargas mostrou que seu índice de confiança cresceu 4,4% em agosto. “São
todos indicadores concretos, que fazem diferença no dia-a-dia do eleitor”,
afirma a CEO do Ibope Inteligência.
A
pesquisa Ibope mostra que a recuperação da popularidade de Dilma é lenta.
Sinais de que sua imagem estava melhorando haviam sido detectados pelo
Datafolha duas semanas atrás. Em comparação àquela pesquisa, a aprovação
governo foi de 36% para 38% agora. Ainda está longe de estava, porém. Em março,
a presidente chegou a 65% de ótimo/bom no Datafolha e 63% no Ibope.
A
pesquisa Ibope-Estado foi feita entre os dias 15 e 19 de agosto. Foram 2.002
entrevistas face a face, feitas na residência dos entrevistados. A pesquisa tem
abrangência nacional: foi feita em 143 municípios de todas as regiões do
Brasil. Sua margem de erro máxima é de dois pontos porcentuais, para mais ou
para menos, num intervalo de confiança de 95%. Os novos números fazem os adversários
repensarem os planos de 2014.
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