O Governo Federal decidiu,
diante da grave seca que castiga o Nordeste, tomar uma atitude diante das
centenas de dessalinizadores (equipamentos que retiram o sal da água de poços
salobros) que estão quebrados e abandonados em sítios por todo o Nordeste.
Cerca
de dois mil dessalinizadores foram instalados no Nordeste por projetos
diferentes ao longo dos anos. Mais da metade deles estão quebrados. Em
Pernambuco, de um total de 350 máquinas, 73 funcionam. O desafio é fazer a
manutenção, já que nenhuma prefeitura possui técnicos capacitados para estes
tipos de máquinas. A manutenção cabe aos governos Estadual e Federal.
“Historicamente,
não havia responsáveis pela manutenção dos dessalinizadores. O programa conta
agora com R$ 160 milhões para implantar essa metodologia em 1.200 comunidades.
Vamos recuperar e implantar sistemas de dessalinização com os cuidados
ambientais e de gestão”, afirma Renato Ferreira, coordenador do Programa Água
Doce, do Ministério do Meio Ambiente.
Um
dos dessalinizadores fica em Arcoverde,
no Sertão de Pernambuco, e está sem funcionar há sete anos. Nos bons tempos,
garantia 4.500 litros de água potável por hora, que abasteciam quatro
comunidades e mais de 40 famílias.
No
período de estiagem severa, os dessalinizadores fazem muita falta. “Era a salvação.
Quando chegou, foi uma festa, era uma maravilha. Depois disso, acabou tudo”,
diz a dona de casa Maria Lenita Lima Brito.
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