Em mais uma reportagem sobre o São João dos Sertões, a repórter Katherine Coutinho do
G1 PE, apresenta toda a diversidades e a força dos festejos juninos na Capital do Samba de Coco. Veja a matéria sobre tudo o que aconteceu ontem.
São
João de Arcoverde, PE, reúne forró, maracatu e poesia
Noite da quarta-feira (20)
teve atrações para todos os gostos. Barraquinhas temáticas e brincadeiras fazem
parte da programação.
Foto: Katherine Coutinho do G1 PE |
Forró
de todos os tipos, maracatu, poesia e atrações culturais. A programação desta
quarta-feira (21) do São João de Arcoverde,
no Sertão de Pernambuco,
teve opção para todos os gostos. Com polos próximos, barraquinhas temáticas e
brincadeiras, a festa pode ser aproveitada por pessoas de todas as idades.
Quem
abriu a noite foi a cantora pernambucana Nádia Maia. Embora costume se
apresentar nos festejos juninos da cidade, essa foi a primeira vez da cantora
no palco principal. "É uma alegria muito grande, gosto de todos os polos,
mas poder tocar no palco principal deixa a gente feliz", diz a forrozeira,
que pôs todo mundo para dançar com seu forró, que passeia pelo pé-de-serra,
xote e baião.
O
repertório agradou o público, principalmente aos fãs do forró mais tradicional.
"Ela agita um pouco mais que aqueles mais tradicionais, mas é muito bom. O
[forró] pé-de-serra é o melhor de todos, dá vontade de sair dançando",
conta a comerciante Bernadete Albuquerque.
Enquanto
isso, no Polo das Artes, o Maracatudo, grupo formado por jovens e adolescentes
da comunidade da Boa Esperança, mostrava que maracatu tem tudo a ver com São
João também. "O nome da gente já explica. Tocamos baião, coco,
ciranda", enumera o professor Lula Moreira.
Para
quem preferiu um clima mais intimista, o Polo Forró Pé-de-Serra trouxe o grupo
Forró Arte Nordestina. Com mesinhas para quem quiser só ouvir a música, o polo
é opção para aqueles que querem aproveitar a noite e, se der vontade, levantar
para dançar um pouquinho.
A
noite continuou no palco principal com o romantismo da banda de forró Malla 100
Alça. "Eu só gosto de Malla, Aviões do Forró e Limão com Mel. É muito
bom", diz o fã assumido Marcos Antônio Feitosa. "É uma música boa de
dançar", concorda o professor Rodrigo Lima.
Igreja cenográfica e barraquinhas temáticas fazem parte da decoração Foto: Katherine Coutinho |
No
Polo das Artes, a noite continuou com os Contadores de História. O grupo,
surgido na escola Monsenhor José Kehrle, em Arcoverde, declama poesias e causos
da cultura popular nordestina, citando poetas como Jessiê Quirino e cantando
músicas tradicionais do pé-de-serra. "Sou um simples admirador da poesia
nordestina", se apresenta o vocalista e declamador do grupo, Aldo Almeida.
Fã
assumida do polo, a professora Silvana Brito exalta a importância do espaço.
"A arte é o resgate que leva ao ápice do ser humano. Esse espaço é
importante para divulgar o que está sendo feito aqui em Arcoverde",
defende Silvana.
Quem
fechou a noite no Polo das Artes foi o grupo Balão Popular. Comandado pela
rabeca de Alberone, o grupo traz a cultura do sertanejo para o palco.
"Eles são a essência do Sertão, falam a linguagem do povo, conta a nossa
história através da música", define o pecuarista Fernando Abreu, que
acompanha o trabalho dos arcoverdenses desde o começo.
Brincadeiras
Quem não liga para shows e prefere as brincadeiras da época junina, a Vila Olho D´água é o local certo. Com barraquinhas temáticas, como a de tiro, roleta, além de comidas típicas e espaço para jogar totó, ou quimbol com também é conhecido.
A
recepcionista Luana Mergulhão levou o marido, Danilo Mergulhão, e o irmão de 11
anos, Cesar Augusto Pereira, para aproveitar os jogos espalhados pelo local.
"Eu adoro a fogueira, as brincadeiras, é a melhor parte do São João",
diz Luana. "Festa junina de verdade, a gente só vê no interior
mesmo", acredita Danilo.
Conscientização
Entre uma apresentação e outra, o arte-educador Wellington Santos se fantasiou de 'Zé do Pipoco' e percorreu toda a festa dando sustos, brincando e conscientizando a população. "A gente tem que alertar que criança não pode soltar fogos, que é preciso tomar cuidado ao acender a fogueira. Não se deve acender com álcool", alerta Zé do Pipoco.
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