Em
Venturosa, outro município do Agreste que integra a bacia leiteira
pernambucana, as fábricas de produção de leite e derivados vem sofrendo
bruscamente com a seca. Segundo o secretário de Agricultura da cidade, José
Jonas Pacheco Vaz, quase metade das fábricas precisaram fechar.
Antes
da seca, funcionavam cerca de 80 fábricas – de vários portes e muitas até
clandestinas. "Acredito que 30%, 40% delas fecharam por falta de leite. O
gado está morrendo, pois os criadores não têm como comprar ração", fala
José Jonas.
Segundo
o blog a Pedra em Foco, a fábrica Venturosa trabalha com a capacidade reduzida
pela metade, usando seis mil litros de leite por dia. E a matéria-prima vem
agora de lugares mais distantes, como Correntes e Bom Conselho, cidades que
ficam quase na divisa com o estado de Alagoas. "Nossos produtos aumentaram
de preço cerca de 60%, para cobrir esses gastos. Até o fim deste mês, vamos ter
que despedir metade dos funcionários", diz o diretor da fábrica, Uziel
Valério da Silva.
O
presidente do Sindileite comenta ainda o reflexo da seca nos alimentos
derivados do leite. O sindicato contabilizava uma produção diária de cerca de
100 toneladas de queijo por dia, antes da estiagem, reduzida para atuais 40
toneladas diárias.
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