Foi dada a
partida para a realização do sonho de gerações de arcoverdenses: ter água boa
para sua população e para o seu desenvolvimento. Os primeiros editais de licitação
da tão esperada Adutora do Agreste, o maior de todos os complementos da
transposição do Rio São Francisco, foram disponibilizados a partir de hoje (5) pela
Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa).
Os avisos de abertura das duas primeiras
concorrências públicas da megaobra, que vai ter um custo superior a R$ 2
bilhões, foram publicados na última terça-feira pela Compesa. Devido às
dimensões e ao custo da adutora, as obras propriamente ditas e a compra de
equipamentos terão contratos diferentes.
A adutora é fundamental para Pernambuco ser
realmente beneficiado pela retirada da água do Rio São Francisco através do
Eixo Leste da transposição, o mais importante para o Estado. Para a água correr
por Pernambuco, precisa do Ramal do Agreste, um canal de 70 quilômetros de
extensão, que ligará a transposição à adutora, um imenso conjunto de 1.100
quilômetros de tubulações discutido em Pernambuco desde 1997 e com execução
esperada desde 2005 – que por enquanto permanecia em debates e em planejamento.
Os primeiros recursos para esse grande complemento
estadual, que quando pronto beneficiará 68 municípios, foram incluídos no
Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), uma verba de R$ 1,25 bilhão.
De acordo com números divulgados em fevereiro pela
Compesa, a estimativa é que somente a primeira etapa de obras, que será
dividida em duas partes, chegue a R$ 1,39 bilhões, com uma contrapartida de R$
140 milhões do governo estadual. Essa primeira fase, no geral, beneficiará 23
cidades, entre elas Arcoverde, Belo
Jardim, Caruaru e Gravatá. É em Arcoverde que será construído um grande
reservatório na localidade de Ipojuca, zona rural do município.
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