Senador conversa com
representantes da sociedade e prefeitos de municípios atingidos pela seca
O senador Armando
Monteiro (PTB) volta mais uma vez às regiões atingidas pela seca para reuniões
de trabalho e discutir com prefeitos, vereadores e representantes da sociedade
organizada o apoio que pode continuar dando no Congresso Nacional e nos órgãos
federais, em Brasília. Nesta sexta-feira (12), e no sábado (13), Armando vai a
seis municípios. Em todos, haverá reuniões de trabalho com as lideranças locais
para tratar das demandas da sociedade.
Ao falar sobre os
efeitos da seca no Estado, Armando chama a atenção para o imenso prejuízo
causado às economias dos municípios do interior. “Infelizmente a seca é um problema
que muitas vezes a gente só trata quando há sintomas e reflexos tão agudos como
os que nós estamos sentindo agora. Mas há no Congresso, no Senado, uma
preocupação de fazer uma frente suprapartidária para tratar desta questão em
caráter permanente”, diz o senador.
As audiências de
Armando começam na manhã desta sexta-feira (12) com uma visita ao prefeito de
Sanharó, Fernando Edier, o Fernandinho (PCdoB). Em seguida, ele vai a
Arcoverde, no Sertão, onde cumpre uma extensa agenda, que inclui audiência com
a prefeita Madalena Brito (PTB) e visitas a dois projetos de grande alcance
social no município. Armando irá ao Centro de Educação e Desenvolvimento
(CEDEC), conversar com o Padre Adilson Simões, e também conhecerá os trabalhos
da Fundação Terra, que é conduzida pelo Padre Airton Freire.
A agenda do senador
em Arcoverde também será acompanhada por lideranças de outros municípios da
Região, a exemplo do prefeito de Tacaratu, Gerson da Silva (PSB), que
aproveitará a oportunidade para também levar ao parlamentar as demandas locais.
Ainda na sexta-feira, Armando se desloca para Ibimirim, onde terá conversa com
o prefeito Adauto Bodegão (PP). O último compromisso do dia será no município
de Pedra, para reunião com o prefeito Zeca Vaz (PTB).
No sábado (13), a primeira parada é em Sertânia,
município administrado pelo prefeito Guga Lins (PSDB). A exemplo das outras
reuniões, Armando deve discutir com o gestor e com as lideranças locais as
iniciativas que poderão ser reforçadas para atenuar os efeitos da longa estiagem
na região. O tema também será tratado na visita que o senador fará ao deputado
estadual Ângelo Ferreira (PSB) e à ex-prefeita de Sertânia, Cleide
Ferreira.
O último compromisso
da agenda do senador no Sertão é em Custódia, onde conversa com o prefeito Dr.
Luiz Carlos (PT) e almoça com lideranças locais.
Declarações de
Armando sobre a seca:
Frente
suprapartidária
“Infelizmente a seca
é um problema que muitas vezes a gente só trata quando há sintomas e reflexos
tão agudos como os que nós estamos sentindo agora. Mas há aqui no Congresso, no
Senado, uma preocupação de fazer uma espécie de uma frente suprapartidária para
tratar desta questão em caráter permanente.
Programas sociais
“A semana passada
pude fazer um pronunciamento sobre o tema – e até recebi apartes do senador
Cássio Cunha Lima (PSDB/PB), do senador Benedito Lira (PP/AL). E qual é a
preocupação maior? É que nós reconhecemos que os programas sociais, ampliados
nos últimos governos, permitiram que a população não sofresse diretamente os efeitos,
sobretudo considerando aquelas imagens do passado, de famintos, de pessoas que
saqueavam as lojas, porque não tinham sequer como se alimentar.”
Prejuízos à economia
“Mas o fato é que a
economia do semiarido, aquela pequena atividade, o pequeno rebanho, aquilo tudo
que anima, que faz a vida das atividades locais, esta atividade econômica é que
foi totalmente desestruturada com a seca. Muitos perderam os rebanhos, perderam
a sua pequena agricultura. O preço da ração, quando se pode dar a ração aos animais
que restam, o preço dos insumos, do milho, é um absurdo. Em suma, é um quadro
de muita preocupação.
O Governo Federal tem
feito um esforço. O Governo de Pernambuco tem tido uma ação importante também.
Hoje há pontos de distribuição de cana. O Governo Federal faz agora toda uma
logística para ver se consegue que a Conab transfira milho para o Nordeste.
Mas o fato é o
seguinte: o rebanho nordestino foi duramente atingido. Em Pernambuco nós
perdemos umas 200 mil cabeças, fora aquele contigente que tivermos de vender
para outros estados, ou então transferir gado para outros estados. Tanto que na
produção leiteira, por exemplo, Pernambuco está produzindo menos de um terço do
que produzia. Nós produzíamos 2,3 milhões de litros por dia e estamos hoje
produzindo 650 mil litros. Então, isto é um prejuízo imenso para as pequenas
economias, para os municípios do interior. Isto em última instância é que anima
o comércio, é o que faz o dinheiro circular. “Portanto, é um quadro de muita
preocupação”.
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