sábado, 6 de abril de 2013

Audiência pública debate problema da água em Arcoverde


         Um velho problema, os mesmos questionamentos e as novas soluções foram as temáticas da Audiência Pública ocorrida em Arcoverde, nesta sexta-feira (5) tendo como mote o abastecimento de água na Capital do Sertão.

Presentes a prefeita do município, Madalena Britto (PTB), os deputados estaduais Júlio Cavalcanti (PTB) e Ângelo Ferreira (PSB), o secretário estadual de Recursos Hídricos, Almir Cirilo; Fernando Lobo, diretor da Compesa, os vereadores Luciano Pacheco, Eduíno Macambira, Célia Cardoso, Luiza Margarida, Warley Amaral, Sg. Siqueira, Joel Freitas e Cleriane Medeiros, além de representantes da sociedade civil organizada e a população.

Após 3 horas de debates, questionamentos e propostas, pôde-se tirar de concreto da audiência vários encaminhamentos. Um deles é a confirmação da construção da nova Adutora de Arcoverde, anunciada pelo deputado Júlio Cavalcanti, que consumirá cerca de R$ 30 milhões e deverá ser concluída num prazo de 8 meses. A previsão é que as obras comecem dentro de 90 dias.

Para a prefeita Madalena Britto (PTB), é preciso que todos se unam em prol do desenvolvimento de Arcoverde e busque soluções mais urgentes possíveis já que a população vem sofrendo muito com a falta de água. Ela também falou em estudos no sentido de se construir um novo reservatório no município de forma a complementar o Riacho do Pau. 

De imediato o secretário Almir Cirilo disse que iria analisar a questão do Brejo de São José, área próxima a Arcoverde e que também faz parte da bacia do Jatobá e poderia socorrer a cidade de forma mais imediata já que a previsão é de que o abastecimento entre em colapso total dentro de 3 meses.

Também ficou definido que o Governo do Estado vai buscar coibir o “roubo” de água do reservatório do Riacho do Pau para atender a plantios de tomate e até de capim, como também proibir definitivamente a retirada de água do reservatório pela Odebrecht, que utiliza a água que falta para a população nas obras da Transnordestina, segundo denunciou o vereador Luciano Pacheco.

Num dos momentos da audiência, o secretário Almir Cirilo foi questionado pela agricultora Simone, da associação de Serra das Varas, que perguntou porque o governador Eduardo Campos não olhava mais para os pequenos agricultores e não promovia a limpeza de barreiros e barragens. Em tom forte, ela disse que os agricultores estavam esquecidos e ameaçou impedir a chegada do governador ao Santuário da Divina Misericórdia caso o governo não apresentasse uma solução para o problema dos agricultores de sua região.


A audiência, positiva pela discussão do tema, acabou descambando para as críticas políticas e voltadas para o tom eleitoral. Devido a uma melhor condução e uma divisão de tempos para cada momento, perdeu a oportunidade de formar uma comissão municipal para pensar o problema hoje, amanhã e sempre, como bem falou o padre Cazuza, prefeito de Poção, e o deputado Júlio Cavalcanti.

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